Rato de Biblioteca
Autor: Paulo Natanael Nogueira
Número de Páginas: 276
Abduzido a louca viagem nas paginas de contundente saga. Nao era a biblioteca, foi meu pensar recriando o paraiso sobre o paradisiaco. Tudo quebrantou abaixo de mim, e nao pude evitar a sordidez. Nao pude conter o solo negro rachado. Havia construido um ceu... Cria que o ceu chorou sobre mim. Mas foi fantasia. Foi eu quem chorei, e minhas lagrimas tempestuosas cairam sobre o ceu, o meu ceu, que era de papel. Pingaram sobre minhas escritas, sobre o grafite, sobre a tinta... Mancharam as paginas, manchada estava minha vida. Rasgou-se, rasguei-me. Cada rasgo se desfez em mais pedacos, que cairam como flocos de neve sobre terra negra. A cada nova lembranca de cinzas, os flocos caiam esfumacando. Inesperadamente surgiram centelhas, seguidamente cairam brasas. Papeis desceram como fogo, caindo em larvas, rachando o solo negro ja putrido e envidracado, isolando-me na ilha de ilhas entre o magma, no obscuro e solitario mundo arredio, do pessimismo e da desesperanca, do contentamento e da conformidade. Nao havia olhar alem, tampouco aquem. Se nao nascia de novo, conforme desejei naquela caverna gelada, morria. Ao contrario do fruto brotando, da planta germinando, nao emergia. Sucumbia o...